Entradas de February 2009 ↓

Prefontaine: O Filme

Desde que voltei a correr, em outubro de 2008, me interesse por várias coisas relacionadas à corrida. E uma delas foram alguns filmes que já havia vista a alguns anos atrás, dentre eles o Prefontaine, de 1997.

O filme conta a história do corredor Steve Prefontaine, uma lenda americana do atletismo, morto aos 24 anos em 1975. Continue lendo →

Pedalada Pela Reserva do Tamanduá

No carnaval resolvemos ficar em Curitiba, curtindo a cidade. Fizemos vários passeios tranquilos e nos divertimos muito. Nesta segunda-feira do feriado conseguimos marcar uma pedalada que a muito tempo programávamos: levar nossas esposas para pedalar junto com a gente.

O Marco e eu já pensávamos em levar as meninas para pedalar na Reserva do Tamanduá pela facilidade que é este trajeto para quem está começando. Já havíamos feito este passeio no ano passado, mas agora levaríamos as esposas e namoradas. Continue lendo →

Vídeos de Loucos por Esportes Radicais

Eu sempre gostei de vídeos de esportes de aventura. Estes dias o meu amigo da adolescência e de pedal, o Marco Fonseca, me enviou o vídeo abaixo. O pessoal é louco mesmo.

Eu já fiz para-quedismo, em 1994, e sempre sonhei em poder saltar com estas wingsuits. Bem, acho que vou deixar para a próxima encarnação 🙂


wingsuit base jumping from Ali on Vimeo.

E este cara é macho mesmo. Eu não imaginaria que alguém fosse capaz de fazer isso com uma motocicleta:

Por que Criei o Transpirando.com

Já faz muito tempo que eu queria criar um blog exclusivo sobre esportes. No meu blog pessoal, já postei muito sobre esportes e achei que era hora de ter um espaço reservado para um conteúdo exclusivo, que não misturasse posts de outras coisas que acho legal.

Eu sou uma pessoa que gosta de várias coisas, por isso que sempre relutei em ter um blog com conteúdo específico. Eu sempre achava que enjoaria se tentasse escrever somente sobre um único assunto. Então um dia me peguei pensando que, ao invés de tentar me adaptar ao blog, ele que se adaptasse a mim. Foi assim que surgir a idéia de fazer um blog somente sobre esportes, que é algo que gosto demais. Continue lendo →

Entrevista Sobre Corridas de Aventura para Revista Runner

No final do ano passado, logo após o Raid Aventura em Tijucas do Sul, recebi um email da Shirlei Ximenes, jornalista de São Paulo, querendo fazer uma entrevista comigo sobre Corridas de Aventura. Ela havia me achado através dos meus posts sobre Corridas no meu blog pessoal.

Depois de alguns emails trocados fizemos uma entrevista bem legal. Parte dela acabou saindo na Runner Magazine número 1, revista da academia Runner, de São Paulo.

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Os Esportes Radicais e Eu: Uma Paixão Insana

Juba, guia e eu, em Machu Picchu

Adoro esportes diferentes. No futebol sempre fui um perna de pau. Vôlei? Nunca consegui jogar direito. Na escola perdia as figurinhas e bolinhas de gude para qualquer outro coleguinha.

Na bicicleta eu me virava. Andava pela cidade inteira, fazia rampas e dava cavalinhos-de-pau por tudo quanto era lugar. Não lembro quando comecei a me envolver com esportes diferentes, mas pela memória foi depois que fiz mergulho, influenciado pelo filme Imensidão Azul.

Eu e o Cesar Barbado no Pico Paraná

Fiz mergulho. Gostei bastante, mas fiquei pouco tempo. Tinha que sair de casa e ficar horas na estrada até chegar num local próprio para mergulhar. Depois descobri o montanhismo. Uma coisa legal também, mas que exigia tempo. O montanhismo foi um tipo de esporte que me identifiquei. A primeira vez que fui para a Serra do Mar passei um fim de semana no Salto dos Macacos: uma caminhada de umas 4 a 5 horas chegando em duas lindas cachoeiras, longe de tudo. Era um passeio e, ao mesmo tempo, uma forma de me exercitar.

Trip de Mountain Bike na Ferraria em Curitiba

Do montanhismo fui para o Mountain Bike, pegando a primeira onda do esporte no Brasil. Andei mais de 4.000km em um ano, conhecendo todas as trilhas de Curitiba. Pedalei durante vários anos com um colega da faculdade, o Minduim. Com o tempo fui conhecendo outros esportes e a bicicleta ficou em segundo plano, pedalando esporadicamente. Mas em 2008 voltei pedalando em vários lugares, como o Parque do TamanduáCircuítos perto de Santa Felicidade e também na Estrada da Faxina. Pirei de volta e agora a bike voltou a ser uma companheira inseparável!

Rafting em Santa Catarina

Em 1994, despertei para o pára-quedismo. Numa de minhas idas ao Marumbi encontrei um cara bem pirado que só falava que iria cursar a brigada pára-quedista do Rio de Janeiro. Junte isso com o grande sucesso que foi o filme Caçadores de Emoção (Point Break), lançado em 1991, e alguns anúncios que escutei na extinta Estação Primeira, a rádio rock de Curitiba e pronto: eu iria entrar no pára-quedismo de cabeça. Liguei para a escola (Prisma Pára-quedismo) e decidi fazer o curso.

Saltando de pára-quedas em Ponta Grossa - PR

Depois que saltei, enlouqueci! O negócio era tão bom que lembro de pensar que poderia fazer aquele esporte o resto da minha vida. Dei 5 saltos já no primeiro final de semana. Depois fui fazer um curso de inglês nos Estados Unidos e dei mais alguns saltos por lá, em Perris Valley, na mesma área de salto em que foi filmado o Caçadores de Emoção. Voltei e só pensava em saltar. Mas chegou um ponto em que a brincadeira começou a ficar cara. Eu, como um funcionário do Banco do Brasil não ganhava o suficiente para sanar a minha fome de saltos. Depois de um tempo resolvi parar. Eu podia dar 4 ou 5 saltos de pára-quedas por mês, mas queria mais. Fiz as contas e, para dar os 20 saltos por mês que queria ficaria muito caro. Resolvi parar para não me frustrar.

Saltando em Boituva. Eu e o Giba

Neste meio tempo continuei a andar de bicicleta. Pirei também. Saía todo final de semana e por todo lado. Fiz várias aventuras de 100km descendo e subindo a serra. No final de semana andava pelo menos uns 60 a 70km em trilhas e estradas do interior.

Caminhada ao Vulcão Villa Rica, no Chile

Continuei com o montanhismo. Fiquei um ano andando de bike e indo para a montanha. Chegou um dia que tive outro click vendo um programa na TV. Vi uma reportagem de dois ou três caras voando de Parapente, descendo uma montanha. Aquilo ficou na minha cabeça.

Voando de Parapente em Caiobá

O estopim do Parapente foi uma amiga do Banco do Brasil que havia feito um vôo duplo. Ela me passou o contato do instrutor e liguei logo em seguida.

Lucio Flavio era o instrutor da única escola de Parapente de Curitiba, a Paranorte. Conversei com ele e no final de semana fui no morro fazer uma aula experimental. O Arnaldo foi junto comigo e ainda tenho as fotos deste dia em algum lugar nas minhas gavetas. Me amarrei na história e na semana que vem já estava inscrito para o curso. Dois meses depois eu era um piloto de Parapente!

Decolando de Parapente em Jaraguá do Sul - SC

Este foi um esporte em que me identifiquei muito e mais tempo me dediquei. Foram 5 anos de grandes vôos, viagens, amigos e alegrias. Também contribuí com a divulgação do esporte no Brasil. Criei uma lista de vôo-livre, a ParapenteBR (nesta época, 1996, não existiam yahoogrupos ou outros servidores gratuitos de listas na Internet). Ela ficou hospedada nos servidores da Conectiva e hoje está no yahoogrupos. Isso gerou uma união nacional nunca vista antes. Da lista criei um livro, o Parapente Brasil – Histórias e Aventuras do Vôo Livre, e que lancei em 2002. Infelizmente ele esgotou no ano passado. Agora só em formato e-book.

Livro Parapente Brasil

Acabei saindo do Parapente por vários motivos: muito trabalho na Conectiva e acidentes. Meu próximo esporte acabou virando o surf.

Surfando na Merreca em Guaratuba

Aprendi a surfar por influência da Bel, e de meus cunhados, Gian e Dudu. Comecei em 2001 e nunca mais parei, como falei no post sobre os livros de surf. O surf é uma coisa zen, um esporte que não larguei. Consigo conviver com ele de forma sadia, madura, sem ter tanta sede como os outros esportes que já tinha feito até aquele momento. Hoje surfo quando vou para a praia e não tenho problemas com isso. Acho legal e não fico na fissura de surfar todo dia, a menos que esteja na praia. 🙂

Downhill Speed no São Lourenço - Curitiba

Neste meio tempo conheci o downhill speed, de skate longboard. Acabei sendo fisgado pelo esporte. Achei muito legal pois nunca ter conseguido andar direito em um skate. Mas o speed tinha mais a ver com as minhas aptidões. Era uma coisa mais básica, matemática. Descer uma ladeira a 70 ou 80 km/hora era uma coisa muito legal, um balé preciso e sutil. Fiquei no speed por cerca de um ano. Acabei parando porque cansei de levar meus amigos para o hospital. Foram vários acidentes, desde os mais básicos, como luxações gerais até braços e pernas quebradas, chegando a cirurgias para colocar pinos em várias partes do corpo.

Corrida de Aventura em Balsa NovaEm 2005 comecei a correr. Aprendi uma técnica com o Steve pavlina, que mostrava que, para você adquirir um hábito, precisa fazer aquilo por 30 dias seguidos. Como nunca corri direito, resolvi que iria correr por 30 dias e foi isso que fiz. Hoje corro esporadicamente.

Em 2006 fiz a minha primeira corrida de aventura. Me amarrei também. Um esporte que junta desafio físico com um forte contato com a natureza. Quero fazer muito mais provas além das que participei até hoje. Bem, Corrida de Aventura! 😉

O esporte mais light que fiz até hoje foi o bumerangue, que já contei nesteneste, e neste post. Bem, tem as bolhas de sabão gigantes, mas isso acho que não conta. 🙂

Sempre gostei de coisas mais carnais, isto é, um contato mais forte com o esporte. Com o bumerangue foi diferente. Toda criança tem um fascínio por bumerangues e eu estava incluído nisso. Bumerangue ss-45 by Jerri LeuDepois que o Aurélio me deu os toques iniciais, corri e comprei os meus. Hoje tenho mais de 14 bumerangues e o meu relacionamento com o esporte é bem parecido com o surf. Não tenho a fome de fazê-lo todos os dias, mas a minha mochila está sempre no porta-malas do carro, pronto para brincar na hora em que eu quiser, a qualquer tempo. Eu tenho uma relação com o surf e com o bumerangue parecida com a minha pilha monstro de livros. Ela está lá e eu estou aqui. De vez em quando a gente se encontra, troca velhas histórias e se diverte muito. Na paz, sem stress.

Carveboard no Velódromo, em Curitiba

Tive até uma hérnia de disco, mas nunca consegui descobrir se foi por causa dos esportes. E se foi acho que nunca saberei de qual foi! 🙂

E o que espero do futuro nos meus esportes? Putz, não sei! Mas seguindo esta linha de atuação, daqui a pouco vou achar mais alguma coisa que me interessa, vou cair de cabeça e depois de um tempo a febre inicial vai passar e vou levar ótimas lembranças deste momento da vida, curtindo ele como um bom vinho, com um gole de cada vez, sentindo o seu aroma e sorvendo a sua essência.

Rodney, jl, eu e Gian, a caminho do Pico Paraná

Não sei o que me move em direção aos esportes radicais, mas sei que eles são uma parte essencial da minha vida.

Reinhold Messner, famoso montanhista italiano, conseguiu explicar um pouco do que sinto do contato com a natureza através dos esportes:

Os dias que estes homens passam nas montanhas são os dias em que realmente vivem. Quando a mente se limpa das teias de aranha e o sangue corre com força pelas veias. Quando os cinco sentidos recobram a vitalidade e o homem, completo, se torna mais sensível; e então já pode ouvir as vozes da natureza, e ver as belezas que só estão ao alcance dos mais ousados.

Aproveite a vida. Pratique esportes, conheça a natureza e, acima de tudo, viva em paz!