Filme: Running Brave

Este fim de semana não teve nenhuma aventura diferente. Só um treino leve de 8km no sábado de manhã no Barigui sem o meu joelho doer! 🙂 No domingo aproveitei para ver mais um filme de corridas.

Running Brave conta a história de Billy Mills, índio Sioux americano que ganhou a medalha de ouro na prova de 10.000 metros nos jogos olímpicos de Tokio, em 1964.

Você sabe que hoje em dia os índios continuam a ser segregados, seja em que país for. Imagine isso no início da década de 1960! Esta é a temática principal do filme e o seu fio condutor. 

Enquanto Prefontaine foca mais no mito e na corrida, Running Brave conta a superação de Billy Mills em várias fases de sua vida: a morte do pai, o seu ingresso na faculdade, a sua carreira de corredor e os conflitos de alguém considerado inferior nos Estados Unidos em uma época anterior ao Flower Power e dos Festivais de Woodstock e sua liberação lisérgica.

Billy, além de ter que aprender a viver em um mundo que não era o dele, tentava entender a cabeça do homem branco e sua sede de competição. Ele não entendia porque o seu técnico ficava bravo com ele, mesmo quando ganhava. Nos metros finais, sabendo que já tinha ganho, ele diminuí-a o passo e cruzava a linha de chegada quase andando.

A temática/conflito técnico/atleta também está presente como em todos os tipos de filmes de esportes. O arquétipo do mentor não tem melhor apresentação do que um técnico. Ele está sempre em conflito com o atleta tirando o máximo dele; nunca dá uma chance e não mostra sentimentos. Bem, no final do filme eles sempre mostram… 🙂

Por ser ambientado nos anos 1960, senti uma certa simpatia pelo filme, pois gosto muito das décadas de 1950 até 1970. Se fosse para escolher outra época para morar, esta seria a preferida.

O filme também tem um gostinho de sessão da tarde, pelo love affair com a mocinha e até por passagens ingênuas, seja do protagonista, seja pelo filme ter sido feito em 1984.

No filme a maior superação de Mills não parece ser a conquista da medalha de ouro nos 10.000 metros em Tokio, mas sim todas as montanhas que ele moveu para chegar lá.

Uma das últimas cenas é ele levantando os braços com o placar eletrônico mostrando o seu tempo: 28 minutos e 24 segundos nos 10.000 metros. Uau, atletas de nível olímpico são mesmo semi-deuses!

Engraçado que se comparado o tempo de Billy com o recorde atual olímpico dos 10.000 metros, que é de 27 minutos, ele ficaria no chinelo, a quase um minuto e meio atrás do vencedor.

A conquista de novos espaços e a superação são coisas que realmente fazem o homem evoluir, inclusive um índio americano que saiu de sua tribo para ganhar uma medalha de ouro olímpica do outro lado do mundo.

Bom para quando você está de preguiça, em casa.

1 comentário até agora ↓

#1 priscila on 08.03.09 at 6:48 pm

sabe quem tenha esse filme com legendas?

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