Neste sábado chuvoso e frio de outono fiquei em casa para ver o filme que foi feito da escalada da equipe IMAX para o Everest, em 1996, o mesmo ano da tragédia contada no livro No Ar Rarefeito, de Jon Krakauer.
Soube deste filme quando li o livro, e anotei para procurá-lo depois. Ver um filme de uma escalada real do Everest já é algo muito bom, mas documentado pelas câmaras IMAX, deveria ser algo fantástico! Deixei a anotação de lado e algumas semanas depois lembrei de procurar na Internet, encontrando-o logo em seguida.
Apesar de não ter a resolução e a qualidade que deve ter sido ver o filme num cinema IMAX, o documentário é muito bom e possui imagens belíssimas, mostrando a tentativa de escalada de um time composto por uma escaladora espanhola, Aracelli Segarra, pelo americano Ed Viesturs, e pelo Sherpa Jamling Norgay, filho de Tenzing Norgay, um dos dois primeiros homens a escalar o Everest.
No início o filme apresenta cada um destes três principais escaladores no seu habitat natural, fazendo algum tipo de treinamento.
Aracelli escala uma montanha rochosa à beira mar:
Norgay treina no próprio himalaia as técnicas para parar com o piolet:
E Ed Viesturs andando de mountain bike, junto com sua mulher, em uma paisagem fantástica:
Um fato muito interessante é que Ed a sua esposa havia acabado de se casar, e passaram a lua de mel no Everest. Nossa, isso que é fissura pelo esporte. Tudo bem que fiz algo semelhante, mas a proporção das coisas é muito diferente 🙂
O filme é bem didático e mostra como funciona uma escalada para o Everest, desde a chegada em Katmandu, passando pelo transporte de helicóptero até Nanche Bazaar e o longo trekking até o acampamento base, a 5.300 metros de altitude.
Depois é mostrada a trajetória, começando pela Cascata de Gelo do Khumbu e passando por todos os acampamentos superiores até se chegar no último desafio: o Escalão Hillary e, finalmente o cume.
Quando o filme chega no dia 07 de maio de 1996, eles começam a descrever a fatídica escalada das equipes de Rob Hall e Scott Fischer. Sem puxar para o sentimentalismo, é mostrado a relação anterior de Ed com Rob Hall e as conversas que eles tiveram pelo rádio, quando Hall estava preso acima dos 8.000 metros de altitude, no cume sul.
Eles contam também o fantástico resgate de Beck Weathers e mostram até a sua recuperação, fazendo fisioterapia numa esteira dentro de uma piscina.
Com todos arrasados pela tragédia Ed conta que pensaram em desistir de tudo, mas a rápida recuperação de Beck Weathers e a melhora do tempo acabou encorajando-os a continuar.
A parte final mostra o ataque ao cume, desde o acampamento base até a noite da escalada final, onde Ed foi sem oxigênio. O mais impressionante de tudo é como que conseguiram transportar uma câmera IMAX até o topo do mundo. Pesando mais de 19 quilos, ela possui um negativo de 70 milímetros, quase seis vezes a resolução de filmes normais. Foram preciso 10 pessoas para levar a câmera até os 8.848 metros do Everest.
O final acaba com todos conseguindo chegar ao cume, num dia lindo de tempo bom, com filmagens magníficas.
Apesar de ser relativamente curto (45 minutos), este documentário é muito bem feito, com tomadas incríveis. Recomendo!
4 comentários ↓
realmente fantástico o documentário.
Também cheguei nele lendo o livro “No ar rarefeito”.
Marcante demais a cena do cara fazendo a fisioterapia na água.
eu amei!
olá, por favor, onde encontro este documentário com legenda, tentei baixar ñ consegui.bj angelica.
Meu Caro.
Poderia informar-me o link para download do documentário na net?
Grato.
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