Circuito Vale Europeu – Terceiro Dia: Indaial a Rodeio

No dia 13/07/2009 iniciamos o terceiro dia do cicloturismo pelo Circuito Vale Europeu, ligando as cidades de Indaial a Rodeio. Este é o dia com a distância mais curta, pelo trajeto oficial, com 26km. Como não havíamos encontrado hotel em Rodeio, iríamos dormir em Timbó novamente, aumentando em torno de 20km o trajeto, totalizando 46km para o dia.

Como a saída neste dia era no Cicle Amorim, aproveitamos para revisar várias coisas nas bicicletas. A Giant nova da Bel estava com um barulho estranho no pedivela, a transmissão da Bia parecia comprometida, o banco do Markito estava muito duro, e assim por diante. O pessoal de lá foi muito atencioso e conseguimos fazer todos os ajustes necessários para no próximo dia enfrentar a parte alta do circuito. Este também seria o último dia em que o Rodrigo e a Lili nos acompanhariam pelo circuito.

A parada na bicicletaria foi essencial. Várias coisinhas precisaram ser ajustadas e trocadas, e ali é a última parte de civilização “avançada” encontrada no circuito. Rodeio ainda tem uma boa estrutura, embora seja menor que Indaial. Daí para a frente, é interior mesmo.

Dica: pare na bicicletaria e verifique a sua bike. Este é o último ponto com estrutura antes da parte alta do circuito.

Como este é o dia mais fácil do trajeto, plano e com baixa quilometragem, não nos preocupamos com o horário de chegada e com a velocidade. Tomamos café, fechamos a conta no Hotel Larsen, e fomos até a bicicletaria. Ali ficamos quase uma hora. Partimos as 11:00h com direção a Rodeio.

Ao contrário dos outros dias, onde o Circuito logo envereda por alguma rua secundária, seguimos por uma estrada de paralelepípedos por alguns quilômetros, até ela se transformar em uma de nossas velhas conhecidas estradinhas de chão batido. Esta estrada segue o rio Itajaí-Açu em boa parte do seu trajeto.

A principal atração deste dia é a Ponte Pênsil,  a uma hora depois do início do pedal. Quando chegamos ela estava em reforma, interditada para a passagem. Mesmo com a interdição só não passam carros, pois pedestres, bicicletas e motos continuavam a usá-la sem problemas. Pelo que vi todo o madeiramento da ponte havia sido trocado, e ainda haviam algumas coisas sendo feitas na reforma. Só não vi ninguém trabalhando, e olha que este dia do circuito era segunda-feira.

A ponte é realmente impressionante! Nada destas novas pontes com tecnologias modernas. Dá para ver que ela foi feita a bastante tempo atrás. Ela é estreita e, com um carro normal, não deve sobrar muito espaço dos lados. Eu não teria coragem de passar com o meu carro por lá, ainda mais porque ela pendia levemente para o lado direito. É claro que isso deveria ser uma questão de ajuste, mas… 🙂

Imagino o balanço que um carro deve causar nesta ponte, se só eu com a minha bicicleta já conseguimos fazer ela subir e descer. 🙂

Na ponte aproveitamos para tirar várias fotos e lanchar. A Marcia havia caído no dia anterior e estava com um bom esfolado na perna. Aproveitou também para fazer um curativo improvisado com gaze e fita crepe.

Falando em ponte, também vimos uma daquelas antigas com cobertura, daquelas que só se vêem em filmes. Não entendo exatamente porque estas pontes eram feitas daquela maneira; será que era para proteger as pessoas em dias chuvosos?

Uma constante no circuito são as plantações de arroz. Tanto na parte baixa, a partir de Indaial, quanto na parte alta, vimos váááááárias plantações. Nesta época os produtores estavam preparando a terra para o plantio. Segundo as pessoas que conversei, leva-se, em média, quatro meses até a colheita.

As pessoas da região são muito simpáticas e convidativas. Nos vídeos, a partir de hoje, você verá algumas delas falando conosco, sob a forma de entrevista. É muito interessante interagir com pessoas de cultura e hábitos diferentes dos nossos e sentir as nuances de cada um. O ritmo de vida é diferente e as perspectivas da vida também.

O dia continuou lindo, com céu de brigadeiro, em todo o trajeto. Nada como um país que, em pleno inverno, você poder pedalar ao ar livre só de camiseta. Viva o Brasiiiiiiiiil! 🙂

Passamos por Ascurra, cidadezinha pequena e simpática, que liga Indaial a Rodeio. Aproveitamos e fizemos um pit stop em um posto de gasolina e fizemos mais um lanche. Seguimos até Rodeio e paramos na prefeitura, onde havia a placa de conclusão do terceiro dia. Entramos por lá para ver aonde se carimbava o passaporte do circuito e nos indicaram que era na Vinícola San Michele. Andamos por mais uns dois quilômetros e pegamos o que foi a maior subida do trajeto: um morrinho de uns 20 metros de elevação. 🙂

Lá perguntamos novamente se não havia nenhum hotel na cidade. A única informação que tinham nos dados era que ele havia fechado. Nos informaram que “parece” que ele havia reaberto e estava funcionando. Nos indicaram que o hotel era perto e resolvemos averiguar. Afinal, se pudéssemos economizar 20km de pedal para o próximo dia, seria ótimo, já que o início da parte alta exigiria mais de todos.

Chegamos no hotel e descobrimos que ele realmente estava fechado, mas a reforma havia praticamente se encerrado. Conversei com o simpático zelador, o Alemão, e perguntei se não poderíamos passar a noite por lá. Ele ligou para a pessoa que havia arrendado o hotel e obteve a permissão. Oba, poderíamos dormir em Rodeio!!

Como a ideia inicial era dormir em Timbó, e havíamos arrumado as malas para os dois primeiros dias, teríamos que ir até lá de alguma forma. Fizemos assim então: as meninas ficaram desfrutando da piscina aquecida enquanto que os marmanjos foram de bicicleta até Timbó pegar os carros. Fizemos os 20 km rapidamente, ainda mais que tiramos os alforjes. A estrada, apesar de ser de asfalto e ter um bom movimento, era bonita e agradável. Consegui tirar mais algumas fotos de igrejas e bares no caminho.

Também tivemos a sorte de encontrar uma bicicletaria muito antiga e conversamos com o dono. Segundo ele, a casa onde está instalada a oficina, tem mais de cem anos! Você pode ver a entrevista dele mais abaixo, no vídeo deste dia.

Pegamos os carros e voltamos para Rodeio para o Hotel Villa Paradiso.

Quando o Alemão falou que iria nos receber, frisou que eles não tinham estrutura, mas tentariam fazer o possível para nos atender bem. Se foi isso mesmo eles se superaram! Tivemos um ótimo atendimento, num local muito agradável. Pagamos R$50 por pessoa, com jantar e café da manhã incluídos. Realmente um atendimento acolhedor e exemplar. Valeu Alemão!

Fomos dormir cedo porque no próximo dia a parte alta do circuito começaria com uma subida de 8 quilômetros e ascenção de 1.120 metros! Aja pernas!

Resumo do dia: partimos às 11:00h e chegamos 16:00h, pedalando cerca de 46 quilômetros e queimando 1.544 calorias.

Veja também:

5 comentários ↓

#1 Eros on 07.29.09 at 12:12 pm

Parabéns pelo belo documentário. Continue com esse blog, com muitas informações e dicas de esporte. Excelente. Só uma sujestão: pelo menos no meu computador os vídeos colocados no youtube, abrem mais rápidamente. Até mais.

#2 Fabrício Souza on 07.29.09 at 1:42 pm

“Fica longe daqui… 45km” haha

Belo relato, maravilha de lugar… parabéns

#3 Mildo Jr on 07.29.09 at 3:59 pm

kkk

tudu XXXXXUNTUU

kkkk

#4 Cerveja e Esportes: Esta Mistura Combina? — Transpirando.com on 03.26.10 at 9:31 am

[…] de estar 100% lúcido para fazer os esportes que adoro. Mas no ano passado, quando estávamos no terceiro dia do Circuito Vale Europeu, paramos as bicicletas em um posto de gasolina para comprar algum lanche e minha vida […]

#5 Circuito Vale Europeu – Sétimo Dia: Palmeiras a Timbó — Transpirando.com on 07.13.10 at 2:20 pm

[…] Circuito Vale Europeu – Terceiro Dia: Indaial a Rodeio […]

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