Dia 16/07/2009 partimos para o sexto dia do Circuito Vale Europeu. Estava frio em Alto Cedros e mesmo assim fizemos o café da manhã na varanda da casa do Raulino, nosso anfitrião. Pães, bolos, sucos e tortas, tudo feito pela sua família. Um autêntico café da manhã rural!
Ali o Raulino aproveitou para carimbar os passaportes e contar um pouco de suas histórias. Me impressionei realmente quando ele me mostrou o poço que fez, com mais de um metro e meio de diâmetro e dezesseios metros de profundidade! E era perfeitinho, redondinho até lá embaixo.
Segundo ele, não foi preciso colocar tijolos para ancorar as paredes pois o solo era cheio de pedras. Já fez poços até de vinte e dois metros de profundidade. Disse que deste tamanho é preciso colocar galhos de árvore com bastante folhas para ajudar a oxigenar o ambiente, poisfica difícil de respirar. E olha que ele faz tudo isso sozinho, só com um ajudante para tirar o barro lá em cima. E sabe como ele faz para encontrar o veio de água? Isso mesmo, com uma forquilha de pessegueiro! 🙂
Nós estávamos quase no fim do Circuito e só naquele dia lembrei da ideia de fazer uma placa para colocar na minha bike com o adesivo do transpirando.com. Como não tinha me lembrado antes? Vá saber! O Raulino arranjou uma madeirinha, serramos e prendi ela no bagagueiro. Ficou bem legal!
Depois do café o Markito trocou a sapata de freio do Antonello, que já estava no mico, e nos aprontamos para começar o pedal do dia. Atravessamos a represa com o bote do Raulino e tiramos a foto para marcar a saída. Acabamos iniciando o pedal somente as 10:00h da manhã.
Infelizmente começou a garoar fino e tivemos que parar logo no começo para colocar as roupas de chuva. O tempo instável foi uma constante. Acho que metade do dia foi de chuva e a outra metade nublado. Depois de um tempo cansamos de tirar e colocar a roupa e ficamos com as capas de chuva direto.
Podíamos até parecer ridículos com aquelas capas e plásticos no pé, mas eles funcionaram bem, deixando-nos secos e quentinhos. Até o conserto com fita crepe que fiz na minha capa de chuva, que rasguei no primeiro dia, funcionou muito bem.
Neste dia não tínhamos nenhuma subida muito grande, mas várias pequenas, uma atrás da outra. A ascenção foi de 840 metros, mas cansou muito mais do que os 1.1120 do quarto dia. Realmente prefiro subidas grandes do que várias pequenas; elas enganam e, psicologicamente, são muito mais duras.
Após três dias maravilhosos de sol, o frio e a chuva abalaram um pouco a moral do grupo, principalmente das meninas. Ninguém estava de mau humor, mas dava para sentir no ar um pouco de cansaço, que não se via nos outros dias.
Pela parte final do trajeto, lá pelas 16:00h, a chuva já tinha ido embora e o tempo abriu um pouco. Passamos na barragem de Palmeiras e pegamos boas descidas. Uma ótima alegria para a parte final de um dia duro.
Chegamos no bar do Faustino as 17:20h. O local é uma venda misturada com um bar, com um restaurante em anexo e uns oito quartos na parte de cima. Lugar bem simples e até faltando um pouco de limpeza, mas com pessoas boas e muito prestativas.
Dica: cuidado com o cachorro preto e peludo que fica perto do local onde se guardam as bicicletas. Passei umas oito vezes por ele e me assustei em quase todas. O diabo dos infernos teima em tentar te atacar, mesmo estando preso na corrente.
A janta, no próprio Faustino, foi muito boa. Como ali é somente um lugar de passagem, não tínhamos nada a fazer, além de brincar um pouco com os produtos da venda e depois ir dormir.
O próximo dia seria o último e todos estavam ansiosos para chegar. Vi a previsão do tempo por telefone, com a minha mãe, e não era nada boa. Chuva para o próximo dia. Senti por todos, pois acabar um ótimo pedal chovendo poderia dar uma má impressão geral. Falei que a previsão não era de chuva, mas sim de tempo nublado. Tentei amenizar a previsão para não deixar ninguém preocupado. Só mesmo um milagre para mudar o tempo no último dia do circuito.
Dica: deixe alguém de sua família encarregado em ver a previsão do tempo para você e ligue para ele à noite. Assim você pode se programar para os próximos dias, sem surpresas.
Resumo do dia: saímos as 10:00h e chegamos às 17:20h, pedalando 42km e queimando 2.157 calorias.
Fotos: Markito, Antonello e Rodrigo.
Veja abaixo o vídeo deste dia:
Veja também:
- Circuito Vale Europeu: Resumo em Números
- Circuito Vale Europeu – Primeiro Dia: Timbó a Pomerode
- Circuito Vale Europeu – Segundo Dia: Pomerode a Indaial
- Circuito Vale Europeu – Terceiro Dia: Indaial a Rodeio
- Circuito Vale Europeu – Quarto Dia: Rodeio a Doutor Pedrinho
- Circuito Vale Europeu – Quinto Dia: Doutor Pedrinho a Alto Cedros
- Circuito Vale Europeu – Sexto Dia: Alto Cedros a Palmeiras
- Circuito Vale Europeu – Sétimo Dia: Palmeiras a Timbó
4 comentários ↓
sensacional! mas deu pra ver o quanto é DURO. aja transpiração mesmo. ô louco! tem até adesivo o seu transpirando, é? chique. blog-empresa. hehehe.
bom, o que posso dizer é que admiro muito seu espírito de aventura e força de vontade. e que odeio ser tão preguiçosa e sedentária. rs
[…] Circuito Vale Europeu – Sexto Dia: Alto Cedros a Palmeiras […]
GOSTEI MUITO DAS FOTOS E DOS COMENTÁRIOS, EM SETEMBRO EU E MEU GRUPO DE MACEIÓ-ALAGOAS, FAREMOS O CIRCUITO DO VALE EUROPEU DE BIKE, E GOSTARIA DE SABER SE EXISTE HOSPEDAGEM MELHOR EM ALTO CEDRO E PALMEIRAS, POIS O QUE VI E LI DEIXAM A DESEJAR EM ALGUNS ASPECTOS E O QUEREMOS É CONFORTO E HIGIENE DEPOIS DE PEDALAR MUITO. VALEU E PARABENS
Olá Ronaldo!
Quando fomos não tinha outra opção de hospedagem. O local é basicamente uma estância de férias e só tem casas de veraneio.
Abraços!
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