Quer Correr sem Lesões? Experimente o ChiRunning!

Nesta semana eu pesquisava sobre a Síndrome da Banda Iliotibial e acabei achando uma preciosidade: o método Chi Running.

O Chi Running propõe-se a reeducar posturalmente o corredor para que ele faça menos esforço, vá mais longe e não tenha lesões. A ideia por trás do método é que as lesões são decorrentes de uma má postura e também de uma forma errada de se correr.

O criador, Danny Dreyer, depois de se cansar das lesões, estudou os movimentos do Tai Chi Chuan e os aplicou à corrida.

A base do Chi Running consiste em ter uma postura do corpo alinhada, utilizando a gravidade para faze-lo avançar para a frente. As pernas só acompanham o deslocamento do corpo, levantando-as, ao invés de impulsiona-las  para a frente.

Eu vi o video-aula do método e fiquei impressionado. Não tive ainda a oportunidade de colocar os ensinamentos em prática, mas todo o conceito faz muito sentido e as explicações são bem fundamentadas.

Vários aspectos e técnicas da corrida, que já li em revistas, estão ali. A diferença é que ele explica o porque de cada  uma e qual é o seu fundamento. Numa parte ele explica porque se tem tantas lesões de joelho: ao projetar a perna para a frente, estamos na verdade freiando o corpo. E se você está correndo, para onde vai toda a energia usada para freiar? É, vai para o joelho!

Por isso que ele defende a inclinação do corpo como motor propulsor da corrida. As pernas, desta maneira, somente acompanham o corpo, para que você não caia no chão. Deste jeito o esforço é diminuído consideravelmente e o esforço sobre o joelho é quase nulo.

Quando ele mostra o método ao correr sobre a areia dá para notar claramente a diferença entre a profundidade da passada (e do impacto) da corrida normal comparada com o ChiRunning. Na verdade não é só a força que se faz, mas também a leveza e precisão da marca na areia. A diferença é espantosa!

Não me parece um método fácil de se aprender, mas algo que a pessoa tem que se reeducar constantemente e por muito tempo. Só assim as diferenças vão começar a se incorporar naturalmente à pessoa.

Ele também mostra o correto posicionamento dos braços para se fazer o “swinging”, que não me lembro como se diz em português. As mãos devem ficar levemente fechadas: “como se fossem segurar uma borboleta”. E o ângulo entre braço e antebraço deve ser de noventa graus.

Nada de projetar os braços para a frente. O motor de propulsão devem ser os cotovelos, que não podem ultrapassar a linha mediana do corpo.

Além disso o braços, ao se olhar de frente, não podem se cruzar, fazendo a pessoa perder energia. Nesta parte as técnicas são as já conhecidas dos livros e matérias de corrida, o que parece não mudar muito.

Mas o impressionante mesmo é o alinhamento postural exigido, juntamente com a inclinação para a frente e o posterior levantamento dos pés para acompanhar o corpo. Isso sim é algo concreto e que faz sentido. Tão simples que me vem à cabeça: “como não pensei nisso antes?”

Com certeza vou testar o método, e depois coloco em um post posterior no Transpirando.com.

5 comentários ↓

#1 carlos lopes on 05.31.09 at 9:45 am

Parabens pelo post. E pelas palavras no meu blog.. já add este ao meu. abraços

#2 Sivuca on 06.03.09 at 10:03 am

mas mas mas mas… você já experimentou? conseguiu correr daquele jeito?

#3 Henrique on 06.03.09 at 4:07 pm

Fico pensando em quanto rápido realmente se conseguiria correr! Achei muito interessante a idéia, mas tenho a impressão de que ela tornaria diretamente proporcional a velocidade de uma pessoa à sua velocidade máxima; uma pessoa baixinha gera menos momento angular quando se inclina, e portanto correria mais devagar. Ou estou errado?

De qualquer forma, é interessante… talvez seja bom pra saúde do corpo mesmo; mas quem disse que atleta tá preocupado com a saúde! rsrsrs

#4 Catatau on 02.18.10 at 2:52 pm

Belo post!

Já fui praticante de tai chi e kung fu, e hoje estou aprendendo a correr. Como não sei praticamente nada e especialmente a postura correta, não é que tentei arrumar a postura e também fazer os alongamentos com base nas antigas práticas?

Isso não significa dizer que “aprendi a correr”, nem que tenho algum ritmo ou postura. O interessante é ver que há algum sentido na tentativa, rsssss

#5 Catatau on 02.19.10 at 9:04 am

Aliás: você possui links sobre dicas de postura e técnicas de corrida?

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