Pedal da Lua Cheia nas Colônias e Ferraria

Ontem à noite fizemos uma aventura programada a umas três semanas: um pedal noturno na lua cheia! Eu havia dado a ideia para o Du, do Odois, e ele topou na hora. Daí começamos a convidar a galera e vários foram se interessando. O Du pediu para o Leandro Tagliari fazer o trajeto e esperamos o dia mais propício.

Na sexta-feira passada não tínhamos certeza se rolaria o pedal, pela incerteza do tempo. Mas como o papai lá do céu gosta da gente o tempo abriu e ficou sem nenhuma nuvem, exatamente no dia da lua cheia de julho! Este pedal faz parte do meu projeto de sempre fazer alguma aventura em noites de lua cheia.

Marcamos o encontro na Havan do Barigui para saída as 20:00h. Achei que não iria muita gente, pois vários amigos que haviam se interessado não puderam ir (Henrique, Gil e Minduim). Quando cheguei lá me supreendi! Foi chegando gente e gente e gente e quando vi estávamos em treze pessoas. Mais um recorde para este tipo de pedal. O pessoal estava com vontade! 🙂

O passeio começou com a Trilha da Copel, que eu já havia ouvido falar muito, mas nunca tinha passado por ela. Na verdade já tinha passado por alguns pedaços, mas não por todo o trajeto. O céu estava limpo, sem nenhuma nuvem, o que nos proporcionou uma lua cheia espetacular. Nas partes abertas não era preciso usar a lanterna e a lua chegava a fazer sombra da bike no chão.

Pela trilha da Copel chegamos até a igreja da Colônia Don Pedro. Muito interessante este trajeto. Eu só conhecia ela pela estrada paralela. Este outro caminho, apesar de ter bastante subida, é bem mais legal, com uma estrada bem estreita e vários downhills interessantes. Pena que nesta parte do trajeto a minha lanterna escorregava e daí não tinha como largar a bike na descida, pela simples razão que não conseguia enxergar três metros à frente quando as árvores encobriam a lua. 🙁

Da Colônia Don Pedro pegamos a estrada e sugeri que seguíssemos por outro trajeto conhecido meu, esquecendo um pouco os GPSs que estavam guiando o trajeto até ali. Subimos bastante e chegamos no lugar mais alto do pedal, perto dos 1.000 metros acima do nível do mar. Mais um pouco e cruzando algumas vilas, chegamos à passarela do Rio Verde.

Subir aquela passarela de bike é bem divertido, ainda mais de noite, em treze pessoas. Parecíamos um trenzinho de anões indo para a minha de ouro. E uma visão muito legal, e que não é possível captar na máquina, é a de ficar na frente de todo mundo e olhar para trás, vendo uma dezena de lanternas voando pela estrada.

O negócio é que não dá para ver direito as pessoas, e por isso parece que as lanternas são algum tipo de ser extra-terrestre, voando como se fossem vagalumes por cima da estrada.

Da passarela seguimos reto em direção à Colônia Rebouças, deixando à esquerda a estrada da Ferraria. Esta estrada de chão acaba chegando de novo na Ferraria, e é bem simpática. De noite não dá para ver muita coisa, e o frio bate com força, ainda mais nas baixadas, onde a cerração impera. É muito interessante como a temperatura cai quando entrávamos em uma região de cerração.

Mesmo assim, quando o frio começava a bater, a solução era simples: pedalar mais forte que a pulsação já aumentava, espantando qualquer tentativa dos queixos baterem.

No meio do pedal falei para a galera que este passeio era em homenagem ao Michael Jackson, e que alguém tinha que fazer um Moonwalk de bicicleta. Infelizmente ninguém se prontificou, mas que seria interessante, isso seria. 🙂

A lua, prá variar, iluminava forte todo o caminho. Da próxima vez eu lembro e tiro uma foto da sombra da bike no chão para não dizerem que estou mentindo 🙂

No meio da Colônia uma bike parou pois o disco de freio emperrou. O Du prontamente sacou uma ferramenta mágica e começou a mexer no sistema. Em pouco tempo ele conseguiu descobrir onde era o problema e consertou, para alegria de todo mundo, que já estava esfriando e com sede de pedal.

Eu falei na brincadeira que freio à disco não é feito para mountain bike, mas na verdade estava falando sério. Acho que freio à disco só é interessante para aquelas bikes de downhill, que descem a milhão uma montanha. Ali sim o disco torna-se uma necessidade. Não no tipo de pedal que fazemos.

Chegamos na igreja da Colônia Rebouças e paramos para mais uma foto, afinal temos que provar que fizemos o pedal de algum jeito.

Todas as paradas foram curtas e ninguém afrouxou o pé.

Da Igreja pegamos a última subida em terra batida e caímos de novo na estrada da Ferraria. Ali aumentamos ainda mais o ritmo, pois a galera já queria chegar em casa. Eram onze da noite e ainda tínhamos uns bons 15 quilômetros pela frente.

Um bom cachorro quente no final do pedal incentivava uns quatro ou cinco, especialmente o Mildo, que não parava em falar nele. 🙂

Na Ferraria foi onde pegamos o maior movimento de carros. Fora isso não passamos por mais de dez carros em todo o trajeto. As descidas longas faziam o pessoal esfriar, mas as duas ou três subidas, até chegar na Volvo, esquentavam de novo. O pessoal aproveitou para conversar bastante, pedalando sempre dois ou três juntos.

No final do pedal alguns disseram que viram uma coisa na lua. Eu consegui bater uma foto de relance, mas até que saiu boa:

Não sei o nome da maioria da galera que pedalou com a gente. Por isso, se você é um deles, fale aí abaixo, nos comentários, para que eu possa lembrar de todo mundo.

Os que conheço das antigas ou da Internet: Du e Lulis, Luiz, Markito e Rodrigo, Mildo e Marcelo. Faltaram cinco que eu conheci só no pedal.

Os números: 52 km, 17,4 de média, 3 horas pedalando e 3:44 de tempo total. Queimei 2.467 calorias e cheguei a 94% da minha frequência cardíaca máxima.

Há, e tive uma ótima noite de lua cheia! 🙂

10 comentários ↓

#1 Mildo Jr on 07.08.09 at 10:18 am

isso ae !!!

queria agradecer a companhia dos pedalantes!!!

pedalzão shouwww de bola,, que seja o primeiro

de muitos!!!

* markito,, o próximo dog é por minhas conta,, pela carona!!! hahahahah

* tem o Fabrício (ironman – specialized)
* Pedro (bike azul sem suspa)
* Daniel (giant preta)
* Sergio (gts vermelha)

#2 Luiz on 07.08.09 at 10:51 am

Rodrigo, pedal sensacional. Valeu mesmo pelo convite! Prazer imenso em conhecer a todos e espero com grande ansiedade os próximos!!

Abraços

#3 Daniel Ghiraldi on 07.08.09 at 11:32 am

e ai figura?
Pedal fantastico cara.
muito bom mesmo, agora eh esperar pelos proximos que to dentraço.
Se cuide
Aquele

#4 Sergio Mayer on 07.08.09 at 11:41 am

Pessoal,

Valeu pelo pedal!!

Muito Legal mesmo..

Quando tiver outro deste, não esqueçam de me convidar..

Abraços a todos.

Sergio Mayer

#5 Erick on 07.08.09 at 11:57 am

Galera gostaria de agradecer a todos pelo pedal, eu q nem me apresentei fui de gaiato estava enferrujado fiquei feliz de termina o trajeto, e minha bike ainda foi a Volare q deu crep no freio mais valew, galera gente fina espero andar mais vezes abraço a todos!!!

#6 Marco Aurelio on 07.08.09 at 3:00 pm

Parabéns lobibikers, na próxima estarei lá.

Abraços,

#7 fabricio on 07.08.09 at 3:36 pm

Opa!!

Moçada gente boa,pedal forte e pedal 10!!

Valeu!!

Um abraço a todos!!

#8 Pedro on 07.08.09 at 5:16 pm

A minha bike é a Bianchi Genesis ano 93 modelo 94 sem suspensão e que caiu o paralamo (já arrumado!) 🙂
Mildão tem memória de elefante.
Marco: to te devendo uma carona, mas também prefiro pagar com um cachorro-quente!
Mildo: valeu pelo incentivo/animo para comer o cachorro-quente da tiazinha!

#9 Lua Cheia « Dois MegaPixel on 07.08.09 at 8:33 pm

[…] Para um relato mais detalhado, de uma olhada no Transpirando.com […]

#10 Henrique on 07.09.09 at 11:12 am

Po, muito legal Rodrigo!! O Marcelo me ligou ontem pra dizer que tinha sido show também! É pena, muita pena que não pude ir… mas resolvi respeitar os 38.6oC de febre e deixar pra próxima!

Abraço forte!!

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