Pedal Canelinha e Lixão

Neste sábado fizemos um pedalzinha desenferrujante. Finalmente consegui pedalar de novo com o Markito e com o Claro, já que a última vez foi no Circuito Vale Europeu, em julho! Amigos, quase três meses para pedalar juntos novamente é algo impensável! Falha grave a nossa!

E pedais com amigos são realmente diferentes. O último que eu havia feito foi a quase dois meses atrás, na Chaminé do Caiguava; alta quilometragem, muitos amigos e um dia maravilhoso de sol! Fora isso fiz 85 quilômetros no Dia Mundial Sem Carro, mas esse quase não conta. Apesar de ter sido mutio legal, fui sozinho, e a curtição não chega nem aos pés de estar juntos com os amigos.

Desta vez o pedal foi curto, de 30km, seguindo por caminhos conhecidos. Saímos da minha casa pelas 08:00h em direção aos Motéis de Santa Felicidade. Dali pegamos à direita em direção ao Bar da Canelinha, que agora só sobrou o nome, pois fechou. Saudoso boteco. Depois pegamos a estrada da direita, em direção ao Observatório e à Estrada do Lixão. Fazia muito tempo que eu não pedalava pelo Lixão. Muuuuito tempo mesmo.

O interessante dos esportes de aventura é que, mesmo que você deixe de passar por um lugar por anos à fio, ele volta à sua mente como se fosse ontem. É impressionante isso. Estas lembranças ficam guardadas não sei onde, mas voltam claras com água da serra.

Eu, apesar de adorar astronomia, nunca tinha ido até o observatório. Desta vez aproveitamos a oportunidade e subimos a estradinha de paralelepípidos. Achei que era logo alí, mas estava enganado. Pelo menos conseguimos fazer uma parada estratégica para comer umas amexinhas no meio do caminho.

Chegamos ao Observatório e tiramos umas fotos. O Markito achou a abóboda muito pequena, acostumado com as cenas da TV de telescópios gigantes. Voltamos para a estrada e continuamos o pedal pela trilha do Lixão.

Passei por algumas bifurcações conhecidas de antigos pedais, de pelo menos uma década atrás. Quero voltar para refazer estes circuitos. Seguimos pela estrada até que ela se torna um asfalto bem esburacado. Passei por uma igreja que foi uma das primeiras que fotografei, com máquina analógica e filme. Só faltou eu achar uma velha árvore que era minha conhecida de anos atrás.

Passei também por uma velha casa, pitoresca, onde o rio faz a curva, envolvendo-a inteira. Pena que a foto não mostra.

Na subida também achamos uma florzinha bonitinha (que alguns dizem ser a do maracujá).

E também um picapau! O Claro parou e falou: “Picapau! Barulho de Picapau!” Paramos e ouvi um “toc, toc, toc”. Olhei por entre as árvores e achei o bichinho, batendo no tronco como nos desenhos animados. Tirei uma foto com o zoom no máximo, e consegui pegá-lo no tronco, com sua cabeça vermelhinha.

Voltamos em direção à minha casa e o Markito conseguiu cair numa esquina, quando tentava atender o telefone e esqueceu de tirar o pé da pedaleira. Só o orgulho ferido e algumas risadas minhas e do Claro.

O pedal foi pequeno, mas a alegria muito grande. É interessante como pode-se perder o contato e esquecer como é bom pedalar, só por parar por algumas semanas. Senti isso na primeira descida grande que pegamos, com o vento batendo na cara. Quando vi estava curtindo aquele momento, com um baita sorriso no rosto. No final falei com o Claro que não podemos deixar a lembrança dos pedais diminuir nas nossas cabeças. Isso é bom demais!

0 comentários ↓

Não existem comentários ainda... Seja o primeiro, preechendo o formulário abaixo!

Deixe um comentário